Inclusão e Formação de Professores em Portugal
Decorreu entre 21 e 23 de novembro de 2022, no formato Webinar, o Simpósio “Inclusão e Formação de Professores”, organizado pelo Núcleo de Estudos em Inclusão Social e Educativa (NEISE) do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CEIED). A inscrição no Simpósio foi grátis para todos os participantes.
O Simpósio procurou constituir-se como um espaço de reflexão à volta de duas questões centrais:
- Responder à falta de professores qualificados e à importância de rever os modelos de formação inicial de professores à luz do conceito de inclusão, constitui-se como um dos debates mais importantes das políticas educativas em Portugal e no mundo;
- Como poderão novos enquadramentos legais responder a estas preocupações, abrindo-se à possibilidade de campos de experimentação que acolham uma diversidade de modelos de formação e formas de acesso à profissionalização mais inclusivos.
No total foram recebidas 738 inscrições tendo o máximo de afluência simultânea sido observado no dia 22, com um total de 526 participantes. As inscrições foram originárias dos seguintes países: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Guiné Bissau e China.
O Simpósio foi orientado pelo conceito de inclusão que, respeitando a diversidade enquanto recurso e valor para a inclusão, cria oportunidades de aprendizagem para todos independentemente das suas características individuais.
Após a conferência inaugural, o Simpósio organizou-se na base de três temas centrais:
- Políticas de Formação de Professores para a Inclusão
- Educação Especial, Educação Inclusiva e Formação de Professores
- Educação Especial, Educação Inclusiva e Desenvolvimento Profissional
Foram nove os oradores convidados, tendo as suas apresentações dado origem à discussão de aspetos relacionados com os objetivos propostos, com particular atenção para o conceito de inclusão e a forma como este se pode operacionalizar nos vários contextos analisados.
O conceito de inclusão foi considerado como transversal a todos os tipos de formação permitindo a aquisição ou o desenvolvimento de competências que fundamentem práticas inclusivas e centradas no aluno.
Salientou-se também o papel das escolas e dos professores enquanto elementos contextualizadores de uma formação que se quer isomórfica e orientada para as competências dos formandos no final da formação. Cabe a cada escola e aos professores que nela trabalham, a definição de um rumo, caracterizado por incentivos e empoderamento, que crie oportunidades para a mudança que se espera das escolas.
Numa perspetiva inclusiva espera-se dos professores que sejam agentes de direitos humanos e gestores de ambientes de aprendizagem, numa atuação exigente, reflexiva e também ela contextualizada, que alimente um constante investimento no seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional.
O Simpósio foi creditado como ação de formação de curta duração.