José Robson de Almeida
Nota biográfica
Diretor Pedagógico/Professor no Colégio Santa Mônica (CSM) – Rio de Janeiro/Brasil.
Doutorando em Educação Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) em Lisboa. Orientador: Professor Dr. José Gregório Viegas Brás.
Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) em Lisboa. Título revalidado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Processo Julgado e validado de número: 23079.0509914/2015-06 (CEPG 01/2009)
Pós-Graduado na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) em Biologia Parasitária.
Notório Saber em Administração Escolar (Número E 03/10201745/99).
Áreas de interesse académico e científico
- História da Instituição
- Profissão Docente
- Mal-Estar Docente
Projeto individual de doutoramento
- Satisfação e insatisfação: influências contemporâneas na valorização da profissão docente
- Título
- José Gregório Viegas Brás
- Orientador
- Vanessa da Silva Albuquerque
Maria da Soledade Simeão dos Santos – UFRJ - Coorientador
Resumo
A sociedade tem acompanhado a evolução da comunicação, constatando as mudanças das relações existentes não só entre as famílias de diferentes espaços e hiatos temporais, como as que vivem próximas e frequentam os mesmos ambientes. Esses fatos interferem na educação e consequentemente nos ideais de futuro dos seus próprios filhos. Neste contexto, a escola é vista, pelas famílias, políticos e demais atores, como um ambiente de coexistência, cujas ideias e atitudes unilaterais, muitas vezes, colidem com os valores relacionais. Essa problemática promove, em diferentes indivíduos, um mal-estar/desconforto/dubiedade/doenças, físicas e mentais que pode, por sua vez, ser o principal motivo do afastamento, dos seus protagonistas, os docentes, das salas de aula. Tendo em vista essa consideração, surge, naturalmente, uma série de questionamentos, quais sejam: A final, por que se fala em mal-estar docente? Quais são as condições de trabalho oferecidas ultimamente? Os professores são bem tratados por seus alunos, pelos familiares deles e pelos seus gestores (mantenedor, coordenadores, diretores etc.) imediatos? Quais são as suas causas? E, quanto à remuneração e ao status social, são valorizados? O que afeta diretamente o bem-estar dos docentes, afastando-os da sala de aula? A abordagem contrasta a realidade do status dos professores, protagonistas do ensino, com as modernidades, traduzidas na forma de novas tecnologias, que influenciam na construção educativa dos indivíduos contemporâneos. Um confronto de valores e ideais cujas políticas educativas globalizadas impactam, diretamente, na saúde dos que têm como pressuposto, ensinar. Dessa forma, propomos um estudo que auxilie a compreensão dessa temática, bem como ofereça sugestões para minimizar o mal-estar docente. Para obtenção de insumos que auxiliarão na produção de respostas às questões levantadas acima, serão usados, neste trabalho, instrumentos metodológicos como: um questionário, construído na plataforma Google e enviado por e-mail, adquiridos nos sindicatos dos docentes e patronato, para docentes que lecionam em diferentes degraus de ensino, em quatro estados relevantes da federação, permeando questões abertas e fechadas que refletem problemas relacionais, ambientais e estruturais que podem interferir, diretamente, na saúde e no comportamento do docente. Além dos questionários, serão feitas entrevistas, em uma pesquisa piloto, com sete profissionais, da área de ensino, que protagonizam ou podem influenciar o bem ou o mal-estar dos docentes. Os dados obtidos pelos instrumentos permitirão uma abordagem ampla e eficaz, associada a uma metodologia mista que permita cruzar e interpretar os dados qualitativa e quantitativamente. A pesquisa tem como esperado, produzir insumos/elementos que possibilitem conhecer, entender e inferir sobre a problemática concernente às atividades docentes, mais especificamente, por que se fala em mal-estar docente e as condições de trabalho oferecidas aos profissionais do ensino. Trabalharemos com a multirreferencialidade, com a intenção de abarcar a todas as questões apresentadas, tais como: CODO (1999; 1995), JESÚS (2011; 2009; 2005; 2004; 2000; 1998; 1996; 1992), DALE (2004), ESTEVE (1999; 1995), NÓVOA (2009; 2002; 1999; 1998; 1995; 1992; 1991; 1987). Estes autores descrevem através de seus estudos, os múltiplos fatores relacionais que abarcam as mazelas, a identidade e o protagonismo dos docentes na educação. Traremos um contributo, significativo, para o enriquecimento do trabalho, amplificando a visão real das características peculiares do ambiente que influencia a saúde, física e mental, dos professores.
Palavras chave: Absentismo; Profissão Docente; Bem-estar Docente; Condição Laboral; Educação; Mal-estar Docente.