Maria Eugénia Gomes Alves

 

Nota biográfica

Técnica Especialista, Nível II do Instituto do Património Cultural (IPC), Ministério da Cultura e Indústrias Criativas;

Doutoranda em Museologia na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, por meio do Programa de Bolsas de Estudo ULHT, no âmbito da Cátedra UNESCO “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural” para o triénio 2019-2022.

Diretora de Museologia e Museu (IPC) de 2016 – 2017;

Mestra em Património e Desenvolvimento, pela Universidade de Cabo Verde;

Licenciada em Antropologia Social e Cultural, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – UNL;

Coordenadora do Museu Etnográfico da Praia de 2001/2010, coordenou ainda o trabalho de reabertura desse mesmo Museu em 2016; coordenou também de 2005/2010 o Núcleo Museológico da Praia, mais tarde, em 2008, transformado em Museu de Arqueologia;

Coordenou o trabalho de renovação da exposição, em 2008, do Museu de Tabanca em Assomada, Concelho de Santa Catarina – Santiago e coordenou também o trabalho de transferência e instalação do Museu da Tabanca em Chã-de-Tanque, em 2010;

Coordenou ainda a montagem de uma exposição temporária, aquando da inauguração do restauro do edifício do Centro Cultural de Sal Rei, na ilha de Boa Vista, em 2010;

Coordenou a edição do Catálogo e Desdobrável do Museu Etnográfico da Praia; do Núcleo Museológico da Praia e Museu de Arqueologia;

Participou em vários trabalhos de programação e montagem de exposições temporárias realizadas no âmbito das parcerias entre o IPC e vários estabelecimentos de ensino e não só, por exemplo: exposição comemorativa do Dia Internacional da Água, com o Instituto Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, em 2006; com a Universidade de Cabo Verde), em 2008; com o Liceu Cónego Jacinto Peregrino da Costa e Centro Educativo Miraflores, em 2010. E exposição permanente, como é o caso do Museu Norberto Tavares em Assomada, em 2014, entre outros;

Colaborou com a Universidade de Cabo Verde, como Professora Assistente, na área de museologia desde o ano letivo 2007/2008 até ao ano 2018/2019;

E faz parte do grupo de investigadores do IPC, no “Projeto Concha – Historia e Património dos Oceanos”, do Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, desde 20018.

Áreas de interesse académico e científico

• Antropologia Social e Cultural
• Património Cultural e Museologia
• Museologia e Sociomuseologia

Projeto individual de doutoramento

A Museologia em Cabo Verde – desafios, avanços e perspetivas. Estudos de Caso: Museu Etnográfico da Praia e Sítio Museológico de Lajedos

Título

Professora Doutora Maristela Simão

Orientador

Resumo

Com esse projeto de pesquisa propõe-se conhecer, descrever e analisar as ações ligadas ao campo da museologia em Cabo Verde, no período pós-independência nacional. Isto é, com base em duas experiências ou processos museológicos (Museu Etnográfico da Praia e Sítio Museológico de Lajedos), esse estudo procura perceber o contexto museológico cabo-verdiano – seu estado da arte e perspetivas futuras – sob a lente da Sociomuseologia. Pois, tendo em consideração que só a partir de 1991 é que, efetivamente, começaram a surgir infraestruturas museológicas no País, a um ritmo bastante lento e de tipologia marcadamente normativa (museus tradicionais) com essa investigação pretende-se observar e verificar até que ponto se pode falar de uma Museologia Social em Cabo Verde, no quadro daquilo que são as orientações da Sociomuseologia, enquanto Escola de Pensamento.

Elencou-se alguns objetivos específicos a alcançar com esse estudo e entre os quais, se destacam: identificar e mapear as infraestruturas museológicas existentes em cada ilha do Arquipélago de Cabo Verde e procurar conhecer a sua orgânica e funcionamento; procurar perceber quais são os impactos desses museus em seus territórios, baseado no pressuposto de que eles são ferramentas úteis ao serviço do desenvolvimento social, cultural, ambiental, económico, etc. tendo em conta a linha de pesquisa que “norteia” esse trabalho, Sociomuseologia, Património e Desenvolvimento; analisar os Programas dos sucessivos Governos, no que concerne a preservação do património cultural do País, para perceber os avanços e recuos, em termos de políticas públicas para o setor; tentar entender o porquê de quase total ausência de iniciativas comunitárias no setor da museologia; tentar perceber as mudanças ocorridas no campo da museologia cabo-verdiana, que fizeram surgir novas formas de fazer museal. De museus tradicionais (normativos), urbanos para museus como Sitio Museológico de Lajedos, em que o enfoque é colocado não no acervo, mas na procura de melhorias de condições de vida das pessoas, no bem-estar dos indivíduos dessa comunidade rural. Uma tipologia de museu “fora da caixinha” considerando o contexto geral do país.