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Anna Tumbusua-Makashova

Anna Tumbusua-Makashova tem um Mestrado em Linguística e é atualmente doutoranda em Educação com o projeto “Aprendizagem da língua inglesa pelos alunos surdos no primeiro ciclo do ensino básico: Análise de recursos e de práticas”.

Orientadora: Maria Odete Emygdio da Silva

Co-orientador: Joaquim Melro e Ana Benavente

Áreas de interesse académico e científico Areas of academic and scientific interest

  • Ensino para surdos
  • Ensino das línguas estrangeiras
  • Tradução
  • Inclusão e exclusão
  • Liderança
  • Psicologia de educação
  • Línguas e culturas surdas

Resumo

O desenvolvimento individual pressupõe a interação social. A linguagem e as línguas desempenham um papel central na formação e desenvolvimento da consciência humana, sendo o pensamento, o sentir e agir humanos inseparáveis delas. Maioritariamente os falantes da LGP, os surdos portugueses, experienciam barreiras à participação legitima nos vários contextos em que atuam, nomeadamente no educativo incluído. A eliminação das barreiras à comunicação e à aprendizagem é um dever da sociedade que se poderá realizar por diferentes vias, entre as quais a educação, desempenhando um papel fundamental.

Um dos grandes desafios por resolver no actual contexto educativo é a possibilidade de inclusão para alunos surdos. Apesar de muitas tentativas, apesar de alguns sucessos, existem ainda inúmeros obstáculos, entre eles a necessidade de promover a autonomia do aluno surdo no processo de aprendizagem (Barroso, 2020).

A língua inglesa é uma matéria obrigatória no currículo português. Hoje em dia o inglês é inevitável, sorrateiramente ele conquistou o mundo e a sua presença em todas as áreas das nossas vidas é considerada natural. O domínio da língua inglesa ficou uma vantagem importante se não o fator necessário para sucesso profissional.

Entretanto existe dificuldade em traduzir os princípios da inclusão na aula do inglês em benefício de todos os participantes do processo ensino aprendizagem. E com estas políticas inclusivas a exclusão acontece com cada aluno surdo que frequenta uma escola que não responde as suas necessidades e pouco contribui no desenvolvimento do aluno. Tal como Freire refere:

Nada justifica a minimização dos seres humanos […] não junto a minha voz à dos que, falando em paz, pedem aos oprimidos, aos esfarrapados do mundo, a sua resignação. Minha voz tem outra semântica, tem outra música. Falo da resistência, da indignação, da “justa ira” dos traídos e dos enganados. Do seu direito e do seu dever de rebelar-se contra as transgressões éticas de que são vítimas cada vez mais sofridas (Freire, 1996, p. 101).

Uma prática pedagógica está sempre acompanhada e refletida nos recursos e materiais que professores e alunos usam durante a aula. Os materiais do manual de ensino devem ser adaptados aos alunos a que se destinam. Entretanto, de momento as necessidades especiais em aprender a língua não materna (inglesa) não são consideradas na elaboração de manuais de formação.

E com o intuito de compreender o como implementar os princípios da inclusão e facilitar o processo de aprendizagem dos alunos surdos, este estudo foi proposto. Assim, temos como objetivo geral deste estudo:

  • Analisar, compreender e interpretar que recursos e práticas são mais facilitadoras da aprendizagem da língua inglesa pelos alunos surdos que frequentam o primeiro ciclo do ensino básico.

Posto o nosso objetivo, o estudo insere-se no paradigma Qualitativo. Os seguintes instrumentos de recolha de dados serão considerados:

  • análise de literatura
  • observação,
  • recolha documental
  • entrevistas,
  • focus-grupo

Palavras-chave: Práticas pedagógicas, Aprendizagem dos alunos surdos, Aprendizagem da língua estrangeira, Inclusão, Línguas e culturas surdas