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Eventos

ARTISTAS, PATRIMÓNIO E O MUSEU

Abertura: terça-feira, 1 fevereiro | das 17h às 20h
Inauguração oficial: 12 fevereiro | 17 às 20h
Exposição: 2 a 28 de fevereiro 2022 | Terça a domingo, 10h – 17h

No próximo dia 1 de fevereiro, a partir das 17h, será inaugurada a exposição coletiva “Artistas Património e o Museu dos artistas José de Guimarães; Julien Creuzet; Kiluanji Kia Henda; Mariana Caló e Francisco Queimadela; Sergio Verastegui; Susana Gaudêncio e Théo Mercier, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa.

Inserida na programação oficial da Temporada França-Portugal 2022, esta iniciativa tem a presença do CeiED, a curadoria de Marta Jecu, investigadora auxiliar do CeiED, e de Sofia Marçal Museologia do MUHNAC e o apoio da Ocupart na produção e comunicação.

A Temporada Cruzada Portugal-França 2022 é uma iniciativa de diplomacia bilateral entre Portugal e França, que visa aprofundar o relacionamento cultural entre estes dois países.

No contexto da preocupação com o patrimônio extraeuropeu, com a história da museologia e o pensamento colonial e de-colonial ligado a ela, esta exposição pretende refletir na forma como o Museu promove hoje a reapropriação do passado e como a arte contemporânea pode oferecer novas soluções expositivas e novas maneiras de interpretar e visualizar esta informação.

A exposição vai ser acompanhada por um programa educativo realizado por membros do Departamento de Museologia da Universidade Lusófona.

O projeto bilateral integra os seguintes EVENTOS em 2022:

1. Programa educativo para o grande público, com membros do Departamento de Museologia da Universidade Lusófona.
MUHNAC Lisboa | 20-28 de fevereiro 2022

2. Conferência na Fondation Maison des Sciences de l’Homme (FMSH), com investigadores e alunos franceses desta instituião e da Universidade Lusófona Lisboa, abrindo a questão transversal da arte contemporânea como ferramenta para repensar o patrimônio.
FMSH Paris, 3-7 de outubro 2022

3. Eventos e conversas performativas em Arles, (durante os Rencontres d´Arles), em colaboração com a galeria HighArt Paris/Arles

Arles | Julho 2022

4. Publicação/catálogo, com material artístico e de pesquisa. Uma colaboração do departamento de Museologia da Universidade Lusófona Lisboa, CeiED Universidade Lusófona Lisboa, La Fondation Maison des Sciences de l’Homme (FMSH), Paris

5. Residência artística de Raphael Grisey, referente à coleção de plantas e sementes do Jardim Botânico.
MUHNAC | abril 2022. 

PARCEIROS

CeiED, Centro Interdisciplinar de Educação e Desenvolvimento, Universidade Lusófona, Lisboa, https://www.ceied.ulusofona.pt/pt/
Departamento de Museologia, Universidade Lusófona, Lisboa, http://www.museologia-portugal.net/

Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, Lisboa, https://www.museus.ulisboa.pt/

FMSH, Fondation Maison des Sciences de l’homme (FMSH), Paris, https://www.fmsh.fr/en

Galerie High Art Paris/Arles, https://highart.fr/info/

Galerie Mor Charpentier, Paris, https://www.mor-charpentier.com/
Galeria Filomena Soares, Lisboa, http://gfilomenasoares.com/
Ocupart – Arte em Espaços Improváveis, Lisboa – https://ocupart.pt
Temporada França-Portugal 2022, https://culturaportugal.gov.pt/pt/saber/2021/09/temporada-cruzada-portugal-franca-2022/

BIO DOS ARTISTAS:

José de Guimarães (Portugal, 1939)

É um dos grandes artistas portugueses com uma obra extremamente prolífica e diversificada na pintura, escultura e outras atividades criativas, que marcou a história de arte contemporânea desde os anos 1960. Vive e trabalha entre França e Portugal criando conexões culturais e colaborações com figuras culturais significativas em ambas as culturas.

A sua primeira exposição individual em Paris foi em 1979, seguido por inúmeras exposições em todo o mundo. Muitas das suas obras estão expostas em diversos museus europeus, bem como nos Estados Unidos da América, Brasil, Canadá, Israel e Japão. José de Guimarães fundou o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) em Guimarães, onde a programação artística é dominada pela fusão entre as vastas coleções etnográficas do artista alojadas no CIAJG e o trabalho de jovens artistas convidados para residências.

Julien Creuzet (França, 1986)

É um artista franco-caribenho que vive e trabalha em Paris. Artista visual e poeta, entrelaça ativamente estas duas práticas através de amálgamas de escultura, instalação e intervenção textual que frequentemente abordam a sua própria experiência na diáspora. Creuzet teve recemente exposições individuais no Centre Pompidou para o Prix Marcel Duchamp (2021), Document (2020), Palais De Tokyo, Paris (2019), High Art, Paris (2019), CAN Centre d’Art Neuchâtel (2019), Fondation d’Entreprise Ricard (2018) e Bétonsalon, Paris (2018). Creuzet também expôs em exposições coletivas no Wesleyan University Museum of Art (2021), no Sweet Pass Sculpture Park (2021) e no Musee d’Art Moderne de Paris (2020).

Sergio Verastegui (Peru, 1981)

Vive atualmente em Paris depois de ter estudado na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro e na École Nationale Supérieure d’art Villa Arson em Nice. A escassez de meios e de gestos constitui a base da reflexão de Sergio Verastegui sobre a questão da relação com a realidade. Na sua obra o artista desconstrói o ‘museu’, analisando as suas formas incipientes e primitivas. Ele esta a criar objetos autónomos que evocam à apropriação abusiva praticada historicamente pelos museus e reflete princípios clássicos de ‘musealização’.

Reunindo uma forte presença material e conceptualismo, as obras de Sergio Verastegui aparecem como fragmentos de realidades extraídas de um mundo dilacerado. Na sua carreira artística, Sergio Verastegui realizou enumeras exposições pelos 3 continentes e ganhou o Prix Jeune Creation, em 2013, seguida duma exposição no Centre Pompidou, Paris.

Susana Gaudêncio (Portugal, 1978)

É licenciada em Pintura pela Universidade de Lisboa e tem um MFA pelo Hunter College, em NYC (CUNY). É investigadora de doutoramento na Universidade de Lisboa, com o tema “O Impulso Utópico na prática da Arte Contemporânea”. Expôs os seus trabalhos no Museu Nacional de Arte Contemporânea, Fundação Calouste Gulbenkian e Museu da Eletricidade de Lisboa; Centro de Artes Visuais (CAV) em Coimbra; a Bienal de Liverpool; a Fundação ISE em NYC, etc. Gaudêncio coordena o Programa de Educação da Trienal de Arquitetura de Lisboa. É professora da Escola Superior de Arte e Design, em Caldas da Rainha, lecionada no Programa do MFA.

O seu trabalho é geralmente baseado em pesquisa e combina desenhos complexos, fotomontagens e animações, feitas através da modificação de imagens pessoais e imagens encontradas. Os seus projetos elaboram a relação entre o legado histórico da produção artística como plataforma para encontrar novas possibilidades de questionamento da utopia, que ela compreende como dispositivo crítico.

Mariana Caló e Francisco Queimadela (Portugal, 1984, 1985)

O Duo Artista recebeu inúmeros prémios nacionais e internacionais desde 2010. O trabalho deles é crítico e poético. Luminous Shadow mostrado nesta exposição nasceu duma residência artística desenvolvida na proximidade do acervo do Centro Internacional de Artes José de Guimarães e gira em torno da obra de José de Guimarães. Através da manipulação de imagens e sons provenientes das exposições, catálogos e conversas do Centro, é montada uma linguagem experimental, procurando estabelecer uma recombinação de tempos e contextos.

Théo Mercier (França 1984)

É um escultor, pintor e fotógrafo francês. Licenciou-se como designer e é autodidata como artista. Estagiou com Matthew Barney em 2008. O seu trabalho explora a intersecção da antropologia, etnografia, geopolítica e turismo. Possui uma carreira internacional importante, tendo exposto os seus trabalhos em museus como o Quai Branly Paris, Museu de Artes do México, Villa Medici Roma e participado nas principais bienais. O seu trabalho é baseado num imaginário surreal e onírico povoado por criaturas singulares, misteriosas e muitas vezes monstruosas. A maior parte das peças de Théo Mercier resultam de um processo de antropomorfização de objetos (objetos encontrados, montagens, sobreposições, colagens ou transplantes), geralmente resultando em presenças que são velhas e jovens, masculinas e femininas.

Kiluanji Kia Henda (Angola, 1979)

No seu trabalho multimédia, Kia Henda repensa a história, seja por meio de escultura, instalação, vídeo e fotografia, seja por instalações em grande escala. Histórias paralelas desviam a história da sua Angola natal com cenários alternativos ligados à história da “museologia da cultura angolana”.

Com uma carreira internacional importante, Kia Henda em 2012 ganhou o Prémio Nacional da Cultura e Artes, outorgado pelo Ministério da Cultura de Angola, em 2017, venceu o Frieze Artist Award e em 2019 foi selecionado para o projeto Unlimited Basel. Recemente Kia Henda participou também nas seguintes exposições selecionadas: THE SHADOWS TOOK FORM, The Studio Museum of Harlem, Nova Iorque, 2013; PRODUCING THE COMMON, Dakar Biennale, Dakar, 2014; THE DIVINE COMEDY, Museum für Moderne Kunst, Frankfurt e Smithsonian Institute, Washington, 2014; SURROUND THE AUDIENCE, New Museum Triennial, New York, 2015; MUSEUM (SCIENCE) FICTIONS – MUSEUM ON/OFF, Centre George Pompidou, Paris, 2016; CONSTELLATIONS, Tate Gallery, 2017.

O seu trabalho encontra-se presente em diversas coleções públicas e privadas, tais como: Museum of Modern Art, Warwaw, Poland; Tate Modern, Collection of Contemporary Art, London, England; Fondazione di Venezia, Public Collection, Venice, Italy; Sindika Dokolo, African Collection of Contemporary Art, Luanda, Angola; Queensland Art Gallery, Gallery of Modern Art, Brisbane, Australia; Collezione Sciarretta (Nomas Foundation), Private Collection, Rome, Italy.

BIO DAS CURADORAS:

Marta Jecu (Roménia 1978)

Vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em História de Arte e Antropologia e doutorada na Free Universitaet Berlin. É investigadora no CeiED, Universidade Lusófona, Lisboa e curadora independente. Trabalhou nos últimos 3 anos nos laboratórios de pesquisa Imera Aix Marseille University e na Fondation Maison des Sciences de l’Homme, Paris. Antes, foi investigadora integrada no CICANT, Universidade Lusófona, Lisboa. Publicou em revistas como: E-Flux, Kaleidoscope, Berlin Art Link, Idea Art + Society, Journal of Curatorial Studies, Esse Arts + Opinions e em vários livros. Em 2017 deu início ao projeto de investigação e curadoria EXODUS STATIONS sobre o papel da arte contemporânea para a nova museologia. Exposições de curadoria recentes: 2021, Sobre a Paisagem, Centro Cultural Romeno, Lisboa, 2019 e 2020 ‘Uma Interpretação Cultural da Pedra, partes I e II, na Galerie Cabinet d’Ulysse Marseille e na Galeria Sa da Costa, Lisboa. 2018 Solo Show Tadashi Kawamata no MAAT Lisboa. 2017 – Solo Show George Bodocan Instituto Cultural Romeno em Paris e outros. Editou os volumes Marta Jecu (Ed.): Subtle Construction, Bypass, Malmo, Lisbon, 2011; OPEN MONUMENT, Revolver Verlag, Berlim. Seu volume Architecture and the Virtual foi publicado em 2016 na University of Chicago Press (EUA) e no Intellect Book (Reino Unido).

www.exodusstations.com

www.martajecu.com

Sofia Marçal (Portugal, 1964)

Museóloga e curadora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, desde 2001, onde vem a desenvolver um trabalho de intersecção entre arte e ciência, através de inúmeras exposições, catálogos e conferências.

Mestrado em Museologia pela Universidade de Évora em 2004. Doutorada em Curadoria pela FBAUL, em 2019. Membro colaborador do CIEBA – Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes. Secretária da Direção do ICOM, desde março 2020.