Skip to main content

Ciências da Educação

Série Memória e Sociedade

O Despertar do Associativismo Docente em Portugal

Rogério Fernandes
Autor(es) / Editor(es)
2010
Ano de edição
972-8881-87-0
ISBN

Sinopse – É imprescindível desenhar o perfil de uma classe profissional cujo percurso histórico contribui para identificar a sua cultura nos sucessivos campos em que atuou. Tal como ocorre noutras profissões, os precedentes históricos do Sindicalismo Docente abrangem uma via inicial associativista, durante a qual os Docentes se libertam de tendências em relação à expressão de interesses meramente individuais e da incapacidade para acharem pontos comuns de interesses económicos e deontológicos, originando-se em seguida a via Sindicalista, encarregada da defesa dos interesses profissionais e de carreira, ao mesmo tempo que produz uma cultura pedagógica originada pela praxis escolar e associada às comunidades epistemológicas entretanto firmadas.

A Associação Portuguesa de Professores de Inglês – memórias e testemunhos

Maria Manuel Calvet Ricardo (org.)
Autor(es) / Editor(es)
2011
Ano de edição
978-989-8512-03-1
ISBN

Sinopse – “Os anos 80 do século passado foram, nos vários sectores sociais a vários níveis, um período de construção de uma nova matriz política, económica e sociocultural em Portugal. Recentemente saídos de um regime político que, durante cerca de quatro décadas, sufocara o país, os portugueses confrontam-se no período pós-25 de Abril com os desafios resultantes da alteração desse regime político. É assim que as concepções sociais-democratas de “Estado” e da “natureza humana” associadas à social-democracia Keynesiana, então reinante na Europa Ocidental, se constituem como referenciais, em particular o “igualitarismo” que quer minimizar as diferenças de classe existentes na sociedade portuguesa e os novos direitos ao “bem-estar” e à “educação”. É neste contexto que emerge o movimento associativo de professores de natureza não-sindical, sendo a Associação Portuguesa de Professores de Inglês (APPI) um caso, a um tempo paradigmático e singular desse movimento: paradigmático porque, à semelhança de outras áreas disciplinares, os professores de inglês se associaram numa “comunidade de práticas pedagógico-didáticas” na sua área de especialidade, e singular porque, como procurarei mostrar, a APPI se revestiu de características específicas” (Maria Emília Galvão).

O imperativo Republicano em debate

José V. Brás & Maria Neves Gonçalves
Autor(es) / Editor(es)
2011
Ano de edição
978-989-8512-10-9
ISBN

Sinopse – O republicanismo vem dar-nos a possibilidade de saborearmos o tempo de outra maneira. O republicanismo, à medida que passou, criou. Com ele, o preenchimento do tempo ganhou sentido existencial, fez com que a realidade se confundisse com o sonho. Com ele, a vontade de futuro nasceu, turbulenta, é certo, mas com o desejo de fazer existir, fazer- ser de outra maneira, fluindo à procura de um novo leito. O republicanismo foi um processo de raiz ontológica. Muita coisa passou com o tempo e muita coisa ficou no tempo. É certo que tudo poderia ter sido diferente, mas não podemos inverter o sentido do que aconteceu, vivê-lo de novo, aperfeiçoando geometricamente o que correu mal, apagando erros e eternizando as virtualidades. Mas podemos, num outro tempo, no nosso tempo, celebrar o valor do diálogo, aprendendo e refletindo sobre o que aconteceu num outro espaço-tempo. O republicanismo é um mar de correntes e ondulações. O importante é que todas essas sensibilidades tenham a possibilidade de nos ensinarem a ser futuro. O livro, que agora se apresenta, convoca algumas vozes e olhares sobre a I República, um período basilar da nossa história nacional integrando-se nas comemorações do Centenário da República portuguesa.

Os Congressos Pedagógicos do Ensino Secundário Oficial (1927-1931)

Anabela Mimoso & Bento Cavadas
Autor(es) / Editor(es)
2013
Ano de edição
978-989-851-255-0
ISBN

Sinopse – Com bem nos mostrou António Nóvoa, o associativismo dos professores representou historicamente um dos passos mais importantes dados no sentido da profissionalização da atividade docente. Esse associativismo, de que os congressos são um exemplo, a par da atividade das associações propriamente ditas e da imprensa pedagógica, permitiu a criação de um contexto intelectual e afetivo favorável à socialização dos professores nas crenças e valores próprios à profissão, contribuindo, assim, para a difusão de um sentimento de pertença a uma mesma comunidade simbólica. O movimento associativo de professores tem as suas raízes no século XIX. É ainda nesse século que é publicada a Revista dos Liceus (1891-1896), dirigida por Borges Grainha, a primeira a dar conta dos interesses específicos do professorado do ensino liceal. É, no entanto, já no século XX, que surge a primeira organização representativa deste sector: a Associação do Magistério Secundário Oficial (1904).

Os congressos pedagógicos realizados na transição dos anos 1920 para os anos 1930, estudados por Anabela Mimoso e Bento Cavadas, surgem, de alguma maneira, e por paradoxal que isso possa parecer, como um ponto alto no percurso associativo e, simultaneamente, como o seu ponto de recuo. O contexto político torna-se gradualmente mais desfavorável, à medida que a institucionalização do Estado Novo se torna uma realidade cada vez mais efetiva. É nesses conturbados tempos que os professores discutem temas como o papel do ensino secundário, a formação de professores, os manuais escolares, a inspecção, a progressão na carreira, entre outros, analisados com detalhe pelos autores, que procuram também refletir sobre a geografia dos congressos, a respetiva agenda, a identidade dos participantes ou o peso da representação feminina.

Trata-se de uma obra essencial, a partir de agora, para conhecer um momento que entrou na mitologia da profissionalização docente.

Percursos do Associativismo e do Sindicalismo Docentes em Portugal 1890-1990

Rosa Serradas Duarte; Maria Manuel Calvet Ricardo & Maria de Lurdes Silva (org.)
Autor(es) / Editor(es)
2013
Ano de edição
978-989-851-257-4
ISBN

Sinopse – A forma como, em 1974, foi conquistado o direito da cidadania e se iniciou o processo de profissionalização da atividade docente marca ainda hoje, indelevelmente, a cultura profissional dos professores e a forma como estes se relacionam com a administração da educação e os parceiros educativos.

Muitas destas questões são debatidas e aprofundadas neste livro, resultado de um projeto de investigação desenvolvido no âmbito do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CeiED), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), tendo inicialmente como investigador responsável Rogério Fernandes, mestre de muitas gerações de investigadores e um amigo que nos deixou prematuramente, e depois Rosa Serradas Duarte, ela própria uma destacada sindicalista durante três décadas, que conduziu o projecto com sensibilidade e determinação até ao seu final.

Os trabalhos produzidos pela equipa constituem um contributo importante para o conhecimento da profissão docente e da acção coletiva dos professores em Portugal. Muitas questões ficam por abordar e novas questões de investigação são levantadas para próximos projetos.

Os professores (e a educação) experienciam tempos difíceis, fruto de um conjunto de problemas de natureza conjuntural e estrutural que afetam as sociedades contemporâneas, com particular ênfase na Europa. A definição de novas utopísticas para a ação política no campa da educação e formação, a construção de novos projetos educativos de emancipação humana, a renovação das práticas pedagógicas dos professores e educadores, na busca de um delicado equilíbrio entre a luta pela igualdade e o respeito pela diferença, exige um conhecimento aprofundado do pensamento dos professores e educadores, do modo como constroem as suas identidades e como agem individual e coletivamente. E este será, seguramente, um campo de investigação futuro.

O Corpo – Memória e Identidade

José Viegas Brás & Maria Neves Gonçalves
Autor(es) / Editor(es)
2013
Ano de edição
978-989-851-268-0
ISBN

Sinopse – Do orgânico ao funcional e simbólico lança-nos para o problema da unidade do real. Nesta categoria vicencial, o orgânico e o simbólico são amassados de forma complexa segundo uma relação de poder, produzindo identidades, em que o homem e o corpo se fundem numa só existência inserida numa determinaad trama social da história. Nesta relação de poder liga-se o material com o imaterial, o sensível com o inteligível, os orgãos, os músculos e articulações com a razão, as ideias e as emoções. Fazer do corpo uma pessoa, é perceber a condição humana da sua existência. Na sua relação como o mundo um sistema simbólico vai dando-lhe forma, vai humanizando-o, quer dizer, vai fazendo com que se aproprie dos valores e significados do uso social do corpo. Pelo corpo o homem faz-se mundo. Este livro apresenta diferentes perspectivas sobre a abordagem do corpo: histórica, filosófica, sociológica, artística e literária.