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Carla Grião da Silva Bernardino

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Carla Grião da Silva Bernardino tem um Mestrado em Filosofia pelo Programa de Culturas e Identidades Brasileiras e é atualmente doutoranda em Sociomuseologia com o projeto financiado pela Cátedra UNESCO “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural”: “Por uma acessibilidade que traduza valores simbólicos: Experiências a partir do Museu Indígena Akãm Orãm Krenak da Terra Indígena Índia Vanuíre”. É membro da ReLeCo Memória, Cidadania e Sociomuseologia

Orientadora: Camila Azevedo de Moraes Wichers

Áreas de interesse académico e científico Areas of academic and scientific interest

  • Sociomuseologia
  • Acessibilidade e Inclusão
  • Acessibilidade Indígena
  • Acessibilidade Cultural

Resumo

Este trabalho propõe interseccionar os conceitos de Acessibilidade, Sociomuseologia e Decolonialidade. Como metodologia, adotamos a revisão bibliográfica, visitas técnicas a museus de diferentes tipologias, centros culturais, exposições e pesquisa de campo com a Terra Indígena Índia Vanuíre, onde se situa o Museu Akãm Orãm Krenak, na cidade de Arco-Íris, São Paulo, Brasil. Consideramos este um espaço privilegiado para análise, tendo em vista a presença e atuação de indígenas com e sem deficiência diretamente nas atividades do museu. A partir deste espaço, objetivamos identificar possibilidades de proposição de uma acessibilidade que leve em consideração cosmopercepções outras que não a da sociedade moderna ocidental. 

Partimos do pressuposto de que não existe apenas uma forma de se fazer acessibilidade em museus e espaços culturais, sendo possível ter soluções que articulem valores culturais outros, bem como valores éticos e diferentes maneiras de se relacionar com o mundo. Tal proposta visa problematizar a maneira como atualmente se pensa a acessibilidade, a saber: a tradução de um sentido (por exemplo, a visão) para outro (por exemplo, o tato). 

Inicialmente, propomos a seguinte divisão por capítulos: Capítulo 1: apresentaremos o estado da arte dos conceitos de acessibilidade, sociomuseologia e decolonialidade, abordando as contribuições dos principais autores que versam sobre esses assuntos; Capítulo 2: concentraremos na análise nos museus indígenas e museus e espaços culturais normativos que trabalham com a temática indígena. Buscaremos desenvolver critérios para a seleção de museus brasileiros, analisando como a expografia aborda a temática, planejando visitas e entrevistas com as equipes que participam dos processos museais; Capítulo 3: buscaremos apresentar a trajetória dos Krenak no oeste paulista, destacando suas camadas sociais e demarcadores na terra indígena. A partir do Museu Akãm Orãm Krenak, evidenciaremos as ações desenvolvidas localmente, assim como a participações e relações da terra indígena com as cidades da região; Capítulo 4: por fim, apresentaremos nossa compreensão de Acessibilidade dentro de uma proposta étnica que traduza valores simbólicos. 

A ideia é propor possibilidades que possam embasar mudanças em museus normativos, na academia e nas políticas públicas. Destacamos a necessidade de uma abordagem que integre mente e corpo, contrastando com práticas ocidentais fragmentadas, além da necessidade de se reconhecer a dimensão da corporalidade e a relação corpo-percepção-memória nas práticas museológicas.