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Salete Silva Farias

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Doutoranda em Ciências da Educação na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Lisboa, Portugal. Mestra em Ciência da Computação – pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, graduada em Ciência da Computação e Pedagogia (UFMA).

Tem experiência na área de Computação e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Python, Arduino, Internet das Coisas, Questões de Gênero, Software Livre e Recursos Educacionais Abertos.

Atualmente é professora efetiva do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, onde ministra as disciplinas Python, Arduino, Linguagem C, Estruturas de Dados, Linguagens para Web e Software Livre.

Pesquisadora do grupo de Pesquisa: Computação Aplicada a Jogos, Educação e Saúde, atuou como Coordenadora Geral do Programa E-Tec Brasil (IFMA), Coordenadora do Curso de Licenciatura em Informática da Universidade Aberta (IFMA) e Coordenadora do Curso Técnico de Informática.

Áreas de interesse académico e científico Areas of academic and scientific interest

  • Sociologia
  • Tecnologia
  • Linguagens de Programação (Python)
  • Arduino
  • Internet das Coisas
  • Questões de Gênero
  • Software Livre
  • Recursos Educacionais Abertos
  • Mulheres e STEM (Science, Tecnology, Engineering and Mathematics)
  • Gender Gap
  • Invisibilidade Feminina nas Ciências
  • PISA
  • Letramento Científico

O Impacto dos Estereótipos de Género no Gender Gap em contexto escolar na área STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics)

Alcina de Oliveira Martins, Orientador

Resumo

O presente estudo, intitulado “O Impacto dos Estereótipos de Gênero no Gender Gap e na invisibilidade feminina em contexto escolar na área STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics no Instituto Federal do Maranhão – Campus São Luís – Monte Castelo”, versa sobre a forma como os estereótipos de gênero podem ter impacto negativo na representatividade de meninas e mulheres nestas áreas, e contribuir para a sua consequente invisibilidade. Ao longo da História, a mulher foi sendo relegada para segundo plano, num mundo dominado maioritariamente pelos homens. A sua invisibilidade em quase todas as áreas foi uma realidade que demorou muito tempo a (des)construir. O despertar para a conscientização da igualdade de gênero deu origem à luta dos movimentos feministas, que vieram a contribuir para o entendimento da condição da mulher na sociedade, tendo em atenção as mudanças culturais tão enraizadas na sociedade ocidental. Ao terem direito ao voto, com inserção efetiva no mercado de trabalho, acesso aos distintos níveis de ensino e ascensão a cargos públicos e políticos, as mulheres saíram da esfera doméstica e das atividades do cuidar, ganhando a partir daí uma certa visibilidade social.

Apesar dos avanços, chegamos ao século XXI, e para além de continuarem a existir menos mulheres na faculdade, em cursos nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), as suas taxas de frequência também se apresentam baixíssimas. Esta lacuna, apresentada como gender gap, aponta igualmente para a falta de mulheres líderes e mentoras nos campos STEM, que poderiam servir como modelos. Estereótipos, percepções negativas de meninas e mulheres nos campos STEM constituem fatores influenciadores nas áreas individual, social, familiar, escolar e de pares, com baixa representatividade em livros didáticos, falta de educação universal, recompensas em menor nível e oportunidades baixas de remuneração e promoção, entre outros aspectos, inclusive fatores geográficos, que corroboram este cenário. Desta maneira, afetam em menor ou maior grau a presença de mulheres nestas áreas, sendo que a interrelação pode gerar diferenças ao longo da vida das meninas e mulheres, com prejuízos no seu autoconceito acadêmico.

Este estudo tem como pergunta de partida: “Quais os fatores que atualmente concorrem para a complexidade e resiliência da sub-representação feminina na área de STEM, no contexto educativo e de escolhas profissionais de meninas e mulheres, na cidade de S. Luís do Maranhão?” Como objetivo geral do estudo apontamos: • Analisar os fatores explicativos para a acentuada sub-representação feminina, na área STEM, reproduzindo estereótipos sociais, que se mantêm na sociedade na cidade de S. Luís do Maranhão, considerando diferenças contextuais, etárias, socioeconômicas, geográficas ou culturais.

O estudo tem como base uma metodologia quali-quantitativa (mista) com modelos multimétodos, a partir de diferentes fontes e técnicas de recolha e análise de dados. A pesquisa carateriza-se por ser descritiva e interpretativa, situando o fenómeno no seu contexto, tendo como foco analisar os estados subjetivos dos sujeitos, as suas perceções e crenças.

Como instrumentos da recolha de dados, na vertente qualitativa usamos a entrevista e o grupo focal, este último, com meninas nos primeiros anos do ensino médio, faixa etária entre 15 e 16 anos e alunas de graduação STEM, matriculadas a partir do quarto semestre dos seus cursos. As entrevistas serão direcionadas aos Coordenadores dos cursos, aos quais as meninas e mulheres pertencem. Como instrumento de recolha de dados, de cariz quantitativo, utilizaremos o inquérito por questionário, também direcionado as meninas e mulheres participantes do estudo, que possibilitará uma análise mais aprofundada, com triangulação entre dados de diferentes naturezas e fontes.