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Estudo revela que a gramática funcional e inclusiva melhora a produção de textos dissertativo-argumentativos

20 novembro 2024

O estudo de Joina Alves Bomfim, doutorada em Educação do CeiED, Universidade Lusófona, teve como objeto de estudo “O uso da Gramática no Ensino de Língua Portuguesa: contribuições para a produção do texto dissertativo-argumentativo”. Os índices de baixa proficiência dos alunos, mantidos ao longo dos anos, motivaram a realização da investigação. Os resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), uma avaliação padronizada realizada no Brasil ao final do Ensino Médio, corroboram esses índices.

O estudo concluiu que a gramática pode ser útil, desde que seja vista de forma funcional e inclusiva, como um conjunto de regras que professores e alunos devem entender para construir expressões na língua. O ensino de Língua Portuguesa não se deve concentrar apenas na Gramática Normativa, pois ela representa apenas uma variedade linguística, enquanto a escola atende a um público diverso, com muitas variações linguísticas.

O trabalho com os textos dissertativo-argumentativos dos alunos foi um ponto importante do estudo, pois permitiu analisar como eles constroem seus textos e usam as regras da gramática da Língua Portuguesa, além das competências necessárias. Isso foi necessário também porque a redação do Enem é um dos principais fatores que excluem alunos do ensino superior, e, mais importante ainda, porque a competência argumentativa é essencial para a participação cidadã.

Com base nas análises realizadas, a autora construiu um modelo de contra-argumentação e propôs o seguinte esquema para a produção do texto dissertativo-argumentativo:

  • Tese anterior (Introdução) = Procedimento argumentativo 0
  • Contra-argumentação (Desenvolvimento) = Proced. arg. 1
  • Dados/fatos/ sustentação (Desenvolvimento) = Proced. arg. 2
  • Conclusão (nova tese + proposta de intervenção) = Proced. arg. 3