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Notícias

27, 28 e 29 de outubro 2024

XI Congresso Internacional Matéria-Prima na Universidade Lusófona

O XI Congresso Internacional Matéria-Prima, coorganizado entre a Faculdade de Belas-Artes e pela Universidade Lusófona, decorreu no fim-de-semana de 27, 28 e 29 de outubro,

7 novembro 2024

Abertura do Ano Letivo 24/25 do Instituto de Educação

Decorreu, no passado dia 30 de outubro de 2024, no Auditório José Araújo, no Centro Universitário de Lisboa da Universidade Lusófona, o evento referente à abertura do ano letivo do Instituto de Educação.

7 novembro 2024

Projeto baseado em tese de doutoranda do CeiED aprovado pelo governo brasileiro

Com base nos conceitos e princípios investigados na tese de doutoramento da doutoranda do

29 outubro 2024

António Teodoro no Fórum TSF

Na passada terça-feira, dia 29 de outubro de 2024, o Diretor do CeiED, António Teodoro,

31 outubro 2024

Judite Primo no Podcast “Conversas sobre…”

Já se encontra disponível o mais recente episódio do Podcast "Conversas sobre...", que conta com a participação de

31 outubro 2024

Estudo inovador mostra que a aprendizagem ao longo da vida protege a saúde mental de adultos com 55 anos ou mais

O estudo do doutor em Educação, Paulo Silvestre, do CeiED, revelou que a aprendizagem tem um papel crucial na manutenção de uma boa saúde mental e na melhoria da qualidade de vida em adultos com 55 ou mais anos.

A investigação, que envolveu uma amostra de 932 participantes recolhida a nível nacional, revelou que os participantes que se envolveram em atividades educacionais formais (Ensino Superior), apresentaram níveis mais elevados de qualidade de vida e melhor saúde mental. As motivações para a aprendizagem foram a aquisição de conhecimentos, realização pessoal e conhecimento de novas realidades. Já os participantes que se envolveram com a aprendizagem de caráter não formal (Universidade Sénior) apresentaram níveis mais elevados de participação social. As principais motivações para aprender foram sair de casa, fazer amigos, socializar e conviver, ocupar o tempo livre e ter acesso a diversidade de atividades.

Além disso, o estudo destaca a relevância da aprendizagem na promoção da autonomia, autoeficácia e no combate ao isolamento social. Os resultados indicam que o envolvimento contínuo com as aprendizagens tem um papel importante na manutenção em termos cognitivos e intelectuais, assim como no bem-estar físico, emocional e social.

O estudo foi desenvolvido no âmbito do Doutoramento em Educação, defendido a 19 de junho de 2024, pelo investigador Paulo Silvestre do CeiED e orientado pelo Professor Catedrático, João Filipe Matos. Esta investigação foi precedida de outro estudo, que realizou a validação de uma escala de Aprendizagem ao Longo da Vida. A validação contou com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Este estudo é inovador ao focar-se na forma como as aprendizagens ao longo da vida podem atuar como um fator protetor contra problemas de saúde mental, como a ansiedade e depressão. Também inova ao integrar e interligar fatores sociais e psicológicos com a aprendizagem. No fundo, esta investigação alia uma abordagem interdisciplinar (educação, psicologia, sociologia e saúde) permitindo uma compreensão abrangente das necessidades e desafios de uma população que está a envelhecer. A comparação entre grupos tão distintos como estudantes do Ensino Superior (116), estudantes de Universidades Sénior (391) e População em Geral (425) também revela o caráter singular da investigação.

Para o conhecimento científico, esta investigação oferece novas evidências sobre a importância de políticas públicas que incentivem a continuidade das aprendizagens por parte dos adultos, considerando-a uma estratégia fundamental não só para o desenvolvimento intelectual, mas também para a promoção de melhores níveis de saúde física e mental e de bem-estar global, revelando a importância dos cidadãos ativos na sociedade em idades mais avançadas. A criação de programas educacionais acessíveis e adaptados a esta faixa etária pode, portanto, ter uma influência direta na saúde pública e na coesão social.

Este estudo representa um avanço significativo no campo do envelhecimento saudável e saúde pública, reforçando a ideia de que a educação pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade de vida e bem-estar emocional dos adultos mais velhos. Os resultados sublinham a necessidade de um maior investimento em programas educacionais inclusivos, capazes de criar comunidades saudáveis, resilientes e conectadas. Independentemente dos objetivos, expetativas, valores, crenças, percepções, contextos, necessidades, interesses e responsabilidades nunca é tarde para aprender.