Ana Paula Carvalho
Ana Paula Carvalho tem um Mestrado Estudos Culturais, Memória e Património e é atualmente doutoranda em Sociomuseologia com o projeto financiado pela Cátedra UNESCO ““Educação Cidadania e Diversidade Cultural” (BD-12/2023): “Museologia Social e o Movimento de Revitalização das Feiras e Mercados de Portugal: desenvolvimento sustentável baseado em economia criativa, património cultural e turismo de base comunitária.”
Orientador: Marcelo Lages Murta
Áreas de interesse académico e científico Areas of academic and scientific interest
- Sociomuseologia
- Património cultural imaterial
- Território, comunidades e economia criativa
- Políticas de cultura
- Desenvolvimento sustentável inclusivo
- Diversidade e desenvolvimento
Resumo
Esta investigação se propõe a analisar um movimento claramente perceptível em Portugal: de um lado, a revitalização de mercados com inclusão de produtos culturais, com apelo turístico; e de outro, as Feiras populares, que se relacionam com diversas comunidades – com representatividade na história local. E, ainda, modelos que equilibram o apelo turístico com a representatividade local. Assim, alguns mercados e feiras serão objetos de análise, tendo como recorte territorial de campo a região do Alentejo. A observação destes movimentos, em simultâneo, será possível, sob uma perspectiva de análise que sobrepõe sociomuseologia, museologia comunitária, património cultural, economia criativa, turismo cultural de base comunitária e território, que, enquanto campos de investigação e intervenção social, impactam no desenvolvimento comunitário, na função social dos museus e na preservação do património. Tem por hipótese a intersecção do turismo comunitário com a museologia social e o património cultural, onde a modulação colectiva fortalece uma cultura museológica comprometida e apropriada pelas comunidades locais. Face aos crescentes movimentos que se relacionam à economia criativa e à gestão compartilhada e participativa, defende-se a adopção de medidas adequadas que asseguram a disponibilidade de infraestruturas e serviços básicos para as comunidades que se reúnem e operam dentro e em torno dos museus, apropriando-se do fluxo existente nos mercados municipais e nas feiras populares, através de parcerias público-privadas e gestão partilhada, tornando possível promover meios de subsistência sustentáveis para as comunidades locais.