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Priscilla Marques

Priscilla Marques tem um Mestrado em Antropologia e é atualmente doutoranda em Sociomuseologia com o projeto financiado pela Cátedra Unesco “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural”: “Sociomuseologia e turismo de base comunitária: práticas, dinâmicas e desafios nos processos museológicos da Ilha de Deus e da Bomba do Hemetério no Recife, Brasil”. É membro da ReLeCo Memória, Cidadania e Sociomuseologia.

Orientador: Clovis Carvalho Britto

Áreas de interesse académico e científico Areas of academic and scientific interest

  • Turismo
  • Gestão Cultural
  • Sociomuseologia

Resumo

A presente tese tem como objetivo compreender como as comunidades Ilha de Deus e Bomba do Hemetério, localizadas no Recife, nordeste brasileiro,  desenvolvem as práticas e dinâmicas propostas pela sociomuseologia e as usam para agregar valor ao turismo por elas gerenciadas em seus territórios. Tanto a museologia social como o turismo de base comunitária, modalidade turística comum nas duas comunidades, se caracterizam pelo protagonismo da comunidade nos seus processos de concepção e gestão. Essa similaridade aproxima os campos e ajuda na compreensão da importância no mundo contemporâneo das comunidades, que antes eram invisibilizadas, decidirem o que o que é patrimônio, quais narrativas merecem ser salvaguardas e compartilhadas, que práticas cotidianas podem ser divididas com os visitantes, sejam turistas ou não, que tipo de turismo se quer ali. Como metodologia a investigação usou-se a pesquisa bibliográfica para compor a reflexão teórica do estudo e a pesquisa de campo, utilizando como ferramenta de coleta de dados a observação participante, a pesquisa documental e a aplicação de entrevistas com os interlocutores das comunidades, para o desenvolvimento dos outros capítulos da tese. Entende-se que os processos museológicos que cada uma dessa comunidades atravessam os ajudam a moldar uma experiência turística mais intimista, com suas histórias de lutas e resistências como ativo principal, proporcionando aos visitantes um mergulho no cotidiano desses grupos sociais, fugindo da estigma pobreza-escassez em que muitas vezes essas comunidades são alocadas, para mostrar a riqueza de suas práticas e narrativas. A liderança da comunidade no desenvolvimento do turismo em seus territórios também se reflete na liderança que exercem nos seus processos museológicos. Percebe-se que são processos que se retroalimentam. Entender a relevância de suas histórias e narrativas é tão importante para o autoconhecimento da comunidade como é importante para agregar mais valor aquilo é que compartilhado com os visitantes, gerando assim um produto único e proporcionando o aumento da autoestima e a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades, elementos fundamentais para entendermos a sociomuseologia e o turismo de base comunitá