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Arminda Marisa Chilembo

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Arminda Marisa Chilembo é Docente Universitária na Categoria de Assistente no Instituto Superior Politécnico de Humanidade e Tecnologia do Huambo-EKUIKUI II. Tem um  Mestrado em Ciências da Educação e Políticas Educativas pela Universidade Lusófona e é atualmente doutoranda em Educação com o projeto intitulado: “Etnomatemática E A Construção Do Conhecimento Matemático: O Sentido Do Número Nos Povos Ovimbundo”. É membro da ReLeCo Políticas Públicas e Governação em Educação e da  Aprendizagem & Inovação.

Orientadora: Ana Sofia António

Áreas de interesse académico e científico Areas of academic and scientific interest

  • Ciências Exata
  • Matemática aplicada
  • Estatística e Probabilidades
  • Etnomatemática e Ciências Sociais
  • Formação Contínua de Professores e
  • Políticas Públicas

Resumo

Os conhecimentos matemáticos tradicionais produzidos pelos povos africanos, por muito tempo, foram desconsiderados pelas elites académicas. Embora a ciência tenha-se preocupado em estudar os fenómenos naturais e culturais, para ajudar as populações menos desenvolvidas a compreenderem a realidade e a utilizarem os conhecimentos que tradicionalmente criavam. Esta perceção despoletou o meu interesse em realizar este estudo em que os resultados desta primeira fase são os que se apresentam neste relatório.

O tema em estudo, Etnomatemática e a construção do Conhecimento Matemático: cultura e sentido do Número dos Povos Ovimbundo tem implícita reflete uma preocupação subjacente relativamente à forma como o ensino e a aprendizagem da matemática, em todos os níveis de escolaridade, se desenvolvem por meio de uma abordagem histórico-cultural que integra os conhecimentos produzidos por diferentes povos.

Deste modo, este estudo tem como objetivo geral: Verificar como as práticas da Etnomatemática dos Povos Ovimbundo contribuem para a Construção do Conhecimento Matemático. Pretendendo-se responder à questão de: Como as práticas da Etnomatemática dos Povos Ovimbundo contribuem para a Construção do Conhecimento Matemático?

O relatório encontra-se organizado inicialmente pela introdução e seguido de quatro capítulos. A Introdução integra alguns dos elementos essenciais do Desenho Teórico — uma breve contextualização do tema, a problemática, o problema científico, os objetivos e as hipóteses de trabalho.

A Fundamentação Teórica foi distribuída em três partes. O Capítulo I é consagrado a aspetos relacionados com a Educação Matemática, os elementos que a originaram e algumas de suas tendências. Também neste capítulo faz-se alusão às Etnociências com a finalidade de contextualizar a Etnomatemática e aborda-la como uma tendência da Educação Matemática. Finalmente neste capítulo tratam-se, por sua importância, aspetos da Colonialidade no contexto da Educação Matemática e da Etnomatemática.

O Capítulo II destina-se a estabelecer os pressupostos históricos, culturais e psicológicos da construção do Conhecimento Matemático. faz-se alusão à Construção do Conhecimento Lógico-Matemático segundo Piaget e ao Pensamento Lógico-Matemático que se resume a uma construção mental que se deve a diversos estados de abstração.

No Capítulo III estabelecem-se os referentes teóricos que sustentam os elementos da cultura e da matemática de povos africanos. Os elementos da Cultura Bantu são tratados, pós este é um dos maiores grupos étnicos existentes no continente africano. A Cultura Ovimbundo também é estudada, uma vez que é o objecto deste estudo, além disso o Ovimbundo é considerado como um dos maiores grupos étnico-linguísticos de Angola. A Etnomatemática em Angola é abordada considerando seu aporte à Etnomatemática em África pelo aporte da tradição Sona para a Educação Matemática em África e outras partes do mundo.

No Capítulo IV é consagrado à Metodologia, nele apresenta-se o desenho escolhido para operacionalizar o processo de investigação em todas suas etapas. Inicia-se com uma reiteração dos alguns elementos do Desenho Teórico apresentados na Introdução, que inclui aspetos tais como: o problema de investigação, os objetivos e as hipóteses formuladas, logo incluem-se elementos do Desenho Metodológico para descrever as abordagens que darão continuação ao processo de pesquisa, bem como as diferentes fases que formam a estratégia que será utilizada em todo esse processo.