O campo da ação socioeducativa para a sustentabilidade, em afirmação e crescimento ao longo das últimas décadas, tem sido palco de intervenções que partiram da sociedade civil e de movimentos ecologistas, gerando afirmação institucional e intervenção política, bem como propostas educativas nas escolas e em contextos de educação não formal, incluindo em equipamentos coletivos e públicos com fins culturais, como as bibliotecas e os museus. Um dos fatores impulsionadores da educação para a sustentabilidade relaciona-se com a ciência pública, a divulgação e popularização da ciência, direcionando a comunicação para públicos não académicos. Entre os públicos prioritários da ciência pública para a sustentabilidade podemos identificar os professores, classe profissional que necessita de ir atualizando os seus conhecimentos para uma intervenção educativa informada e promotora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Destaca-se que as recomendações internacionais e políticas nacionais para museus e bibliotecas têm seguido a reflexividade própria de cada campo, enquadrando a ação destes equipamentos com diversos princípios, entre os quais se inclui a sustentabilidade. É neste contexto que se propõe o projeto ‘Ciência pública e percursos educativos para a sustentabilidade em museus e bibliotecas de Lisboa e São Paulo’ (MUBIESUS), sustentado numa investigação participativa multisituada, compreendendo a educação para a sustentabilidade no cruzamento da pedagogia crítica (Darder et al., 2018) com a justiça ambiental crítica (Pellow, 2018). Pretende-se investigar práticas e recomendações de ciência pública para a sustentabilidade em museus e bibliotecas das cidades de Lisboa e São Paulo, em particular na interlocução com professores em serviço, procurando compreender quais as suas expectativas de formação para a sustentabilidade e a sua potencial oferta neste tipo de equipamentos públicos. 

Este projeto está associado à ReLeCo Estudos Socioartísticos para a Decolonialidade e a Sustentabilidade e ao Fórum de Ciência Pública.

Objetivos

• Perceber o estado atual de práticas de ciência pública para a sustentabilidade em museus e bibliotecas
• Compreender os enquadramentos institucionais e recomendações no âmbito da educação para a sustentabilidade em museus e bibliotecas
• Apreender expectativas de formação para a sustentabilidade por parte de professores em serviço
• Mapear a oferta de formação para a sustentabilidade em museus e bibliotecas públicos de São Paulo e Lisboa

Equipa de Investigação

• Inês Vieira, Coordenadora, CeiED, Universidade Lusófona
• Maria Constança Vasconcelos, CeiED, Universidade Lusófona
• Débora Dias, CHAM e CEIS20, Universidade Nova de Lisboa
• Inês Marques, CICANT, CoW e CeiED, Universidade Lusófona
• Judite Primo, CeiED, Universidade Lusófona
• Luiz Roberto Alves, Professor-pesquisador sênior da Escola de Comunicações e Artes da USP, membro da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica do IEA
• Marcia Aparecida Gobbi, Grupo de Estudos Crianças, práticas urbanas, gênero e imagens, USP
• Mário Moutinho, CeiED, Universidade Lusófona
• Martha Marandino, Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Não Formal e Divulgação em Ciências, USP
• Paulo Mendes Pinto, Lusoglobe, Universidade Lusófona e Faculdades Lusófonas do Brasil
• Isabela Araújo Guedes, mestranda em Ciências da Educação, Universidade Lusófona (Centro Universitário de Lisboa)

Parceiros

• Faculdades Lusófonas do Brasil
• BLX Bibliotecas de Lisboa